Localização/Classificação
A sinagoga está situada na rua Dr. Joaquim Jacinto
nº 73 (antiga judiaria).
Está
classificada como monumento nacional desde 1921.
Aqui
funciona o Museu Luso- Hebraico Abraão Zacuto.
Horário
do museu: 10h/13h – 14h/18h
Período de Construção
Não se sabe ao certo a data da sua construção,
apenas que aconteceu enquanto D. Henrique era Governador da Ordem de Cristo,
entre 1420 e 1460.
Breve Descrição Histórica
A Judiaria de Tomar já existia por finais
do século XIV, como mostra um documento datado de 1384, mas foi no século XV
que a comunidade judaica mais cresceu, com a protecção dada pelo Infante aos
judeus.
Trecho da rua Dr. Joaquim Jacinto (antiga Judiaria)
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Esta comunidade muito
contribuiu para o engrandecimento económico de Tomar, bastantes vezes ao
serviço da Ordem
de Cristo. É neste contexto que se dá a fundação da sinagoga, em meados
do século XV.
Este monumento, único templo
medieval judaico construído em Portugal, é um símbolo da coexistência religiosa
em Tomar.
Interior da sinagoga (sala de oração )
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Utilização
A
sinagoga serviu de templo para as orações dos judeus até 1497, quando D. Manuel
I os forçou a converterem-se ao Cristianismo. Os judeus passaram a ser chamados
de cristãos novos, as judiarias deixaram de existir, a sinagoga foi encerrada.
Mais
tarde, a partir de 1516, serviu de prisão municipal e depois de capela (S.
Bartolomeu).
Quando a sinagoga se transformou em
prisão, era por esta
abertura gradeada que o carcereiro
vigiava os prisioneiros.
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No século XIX serviu de palheiro e celeiro. Era armazém quando foi classificado como Monumento Nacional, em 1921.
Em 1923, o Eng.º Samuel Schwarz comprou o edifício, fez as primeiras escavações e devolveu à sinagoga o seu aspeto original, doando-a ao Estado em 1939. No século XIX serviu de palheiro e celeiro. Era armazém quando foi classificado como Monumento Nacional, em 1921.
Eng.º Samuel Schwarz.
Polaco, de origem judaica, nascido em
1880. No início da
I Guerra Mundial veio para Portugal,
onde ficou a viver.
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Nos anos
80 deu-se a sua abertura regular ao público. Atualmente a sinagoga alberga o
Museu Luso-Hebraico
Abraão Zacuto.
Descrição
Exterior
A entrada principal de hoje,
não existia no século XV. A fachada da sinagoga não tinha aberturas diretas para a rua.
Entrada atual da sinagoga.
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A entrada fazia-se por um portal interior que ainda existe.
No séc. XV, era por este
portal que se entrava para a sinagoga.
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Interior
A sala destinada
ao culto é um espaço quadrado, dividido em três naves . Tem o piso inferior
ao da rua, cerca de meio metro, um dos motivos de interesse da sinagoga.
O teto, em abóbadas de tijolo, é suportado por quatro colunas e doze mísulas embebidas nas paredes.
As quatro colunas que suportam as abóbadas. |
Em primeiro plano, no meio da sala, as colunas suportam a abóbada.
Ao fundo, junto à parede, são as mísulas que aguentam esse peso.
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A disposição destes
elementos tem um significado simbólico: as mísulas simbolizam as
doze tribos de Israel, enquanto os capitéis representam as quatro matriarcas de Israel: Sara, Rebeca, Lea e Raquel.
O capitel é a parte superior da coluna, a base onde se apoia a abóbada.
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Aos cantos da sinagoga, embutidas
nas paredes, encontram-se oito bilhas de barro, usadas para melhorar o efeito
acústico.
Só neste canto da sinagoga se pode ver a bilha embutida na parede. |
Bilha, século XV, encontrada na parede
da sinagoga.
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As
escavações arqueológicas realizadas, 1985, descobriram o espaço destinado aos
banhos rituais, o Mikveh.
Aspecto do Mikveh.
Sala dos banhos rituais de purificação
antes das orações.
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Curiosidades
Na
sinagoga de Tomar, as matriarcas de Israel: Sara, Rebeca, Lea e Raquel estão
imortalizadas em quatro capitéis.
Os dois capitéis mais longe da
entrada são iguais, pois representam Raquel e Leah que eram irmãs, filhas de
Labão.
Os dois capitéis são iguais, representando as duas irmãs.
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Mais perto da entrada estão dois
pilares que simbolizam Sara, mulher de Abraão, e sua sobrinha Rebeca. Sara era estéril
(não podia ter filhos), por isso o capitel que a simboliza está decorado apenas
com erva, sem dar fruto.
Capitel simbolizando Sara
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Rebeca é representada no outro capitel, decorado com cápsulas vazias,
Capitel representando Rebeca.
-Mesuza
Colocada à entrada da porta. Todos os judeus antes de entrarem na
sinagoga, batem com a mão na mesuza, beijam-na e em seguida fazem uma vénia. Só
depois entram.
Junto
do altar só podem estar
dez homens, para se realizarem as cerimónias. Os outros deverão estar à sua
volta.
Arca da lei:
local onde está guardado o Cefer
Torah (Antigo Testamento).
Menorah:
Candelabro de sete braços que representam os
sete dias da semana.
Kipa:
Género de chapéu que todos os judeus usam quando estão na sinagoga e que representa o seu sinal de respeito para com Deus.
Shopar:
instrumento de sopro para
chamar os judeus para o culto e cerimónias.
Fontes: www.wikipedia.org www.ttt.ipt Trabalho realizado por: Duarte Dias Francisco Rodrigues Liliana Graça Miguel Martins Vasco Santos 6ºC |
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